domingo, julho 21, 2013

Política de Meio Termo

Dima Rousseff tem em suas mãos a batata mais quente que o governo já assou. A ampla divulgação da mídia e a tensão criada ao redor dos escândalos políticos envolvendo pessoas importantes do seu partido (PT) e que atuam no seu atual governo - vide os manifestos por todo o país dos últimos dias-, parecem deixar a presidente num beco sem saída. Afinal, como calar a boca do povo e, ao mesmo tempo,  acobertar os crimes cometidos pelos amigos?
Surge a ideia de um plebiscito para uma tal reforma política, que não se sabe nem como vai ocorrer. 
Há mais de 15 dias o tema é discutido entre os governadores e ministros, numa espécie de ping-pong ideológico,  e até agora não foram apresentadas ao povo informações que esclareçam o que está sendo discutido. Não tendo nem mesmo o ano de validez (proposto até então para 2014), a sugestão de um plebiscito e sua respectiva demora parecem estar tapando o buraco eleitora causado pela incompetência política de aliados em manter a ética. 
Agora: como sugerir uma reforma política para um povo de maioria leiga? Quantos sabem de fato como ocorre um plebiscito? Os reflexos da falta de investimento do governo em educação são visíveis. A falta de interesse de jovens e adolescentes pela situação política do país impressiona. Serão estes que amanhã irão pôr e depor pessoas do poder. São facilmente influenciadas e se satisfazem por qualquer declaração feita pela mídia, a começar pela eleição do Tiririca. Uma inocente identificação do povo com o candidato mostrou os riscos que esse tipo de pensamento traz ao país. A presidente parece insegura em como governar o país.
Achou que seria fácil, já que tinha uma bengala chamada Lula. Enganou-se. Lula também não é mais a pessoa mais confiante do momento.  Colheu no momento certo os frutos do plano econômico plantados pelo F.H.C., mas deu conta de esconder os podres do congresso. Vale ressaltar que uma das principais falhas dos dois governos petistas foi se preocupar muito mais com a política e economia externa do que a interna, fazendo valer muito mais a imagem que os gringos têm do Brasil do que a tida pelos brasileiros. 
É exatamente nessa brecha que os corruptos entram: enquanto todos estão de olhos fechados sonhando com o Brasil de primeiro mundo. O país enriquece, a população não - não nas mesmas proporções,  caso alguém contrarie.
A população está infeliz com falta de proximidade  do governo. Nada do que é feito responde a 100% das necessidades dos brasileiros.  Pagar impostos e decidir o direcionamento dos royalties não garantem a devolução destes por meio de melhoras nos serviços públicos. Tudo o que anda girando em torno dos protestos  como  "soluções" para a crise,  mais parecem enrolação. Dilma precisa responder melhor às vozes das ruas, e melhor: de maneira imediata e organizada. O excesso de opiniões tem atrasado as soluções. O meio termo em tudo não ajuda. À presidente sugiro: faça o que é justo.


Postagem feita por Beatriz Ferreira. Enviei a sua também por email :)

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